A história do local onde hoje será construído o Portal dos Ipês começa a mais de 90 anos atrás, lá em 1930, quando aos 20 anos, o inglês Joseph William Brown, conhecido como “Mister Brown” chega ao Brasil. Antes de se instalar em terras capixabas, Brown morou inicialmente na cidade de Natal no Rio Grande do Norte, onde se casou com sua esposa, Paulina Lamartine Brown.
Em 1946, Mister Brown foi transferido para Vitória – ES, como diretor da Companhia Força e Luz, o trabalho o levou a subir a serra de Domingos Martins para procurar um local com queda d’água, para instalação de uma hidroelétrica, logo que conheceu a região ele se identificou com clima e com o verde das montanhas, que o faziam lembrar das paisagens europeias de sua infância.
Por ser de uma família de origem escocesa, apesar de ser inglês, Joseph se encantou completamente pela região, a paixão foi tão grande que ele resolveu comprar, em 1948, o sítio que batizou de ‘Rancho Alegre’, com 1.200.000 m², onde vislumbrou um futuro empreendimento.
O sítio começou com uma pequena casa de madeira construída pelo próprio Mister Brown, que cultivava frutas e criava galinhas, como um hobbie. Por volta dos anos 1950, Joseph construiu uma casa de alvenaria para sua família – casa que ainda hoje está no local.
Com o passar dos anos, foi seu filho Joseph William Morris Brown, conhecido como “inglês”, quem passou a cuidar da gestão do sítio e, a pedido do pai, construiu em 1960 uma casa sede, dando início também no sítio a criação de vacas holandesas para a produção de leite. Pouco tempo depois, em 1965 Morris se despede de seu pai, Mr. Brown.
A área permaneceu como pasto até início dos anos 90, época em que Morris percebeu que o local já não era favorável para a criação de gado e decidiu partir para a produção de café e granja, iniciativa que gerou muitos empregos na região.
O cafezal possuía cerca de 25 a 30 mil pés, e no meio havia uma granja, onde chegaram a produzir de 4 a 5 mil ovos por dia, entre os anos de 1970 a 1990. No mesmo período, ele também investiu na plantação de bananas, mas a mão de obra na região estava se tornando escassa, pois muitos estavam se mudando para as cidades.
Como última tentativa de ocupar a terra, Morris – que nem sempre estava presente no sítio por ser um engenheiro da Vale – iniciou o cultivo da macadâmia.
A história da casa na árvore do Chalé do Urtigão
Morris Brown, sempre gostou de proporcionar aos seus filhos boas opções de lazer e inclusive participar delas. Certa vez, durante um dia chuvoso, no início do século 21, um cedro gigantesco plantado por seu pai “Mister Brown”, caiu devido ao forte vendaval causado pela tempestade, logo ele pensou: “vou transformá-lo em uma casa na árvore para as crianças”.
Primeiro fez as tábuas de cedro e depois construiu uma bela casa na árvore, que foi erguida no topo de um eucalipto gigante, também plantado por seu pai, na montanha, próximo ao famoso Chalé do Urtigão e à residência da família.
A empreitada não foi fácil, mas Morris queria algo diferente e fez. Subiu a casa no alto da árvore através de fios de aço, e para isso, estaiou toda a árvore, projetou um andaime em volta dela, subiu vinte e cinco metros de altura para ter acesso seguro e instalou uma ponte pênsil, toda projetada em cabo de aço também.
O incrível presente para os filhos existe até hoje, e agora é desfrutado pelos netos de Morris, e virou um ponto turístico em Domingos Martins. Do alto da Casa é possível avistar todo o Sítio Rancho Alegre e a área onde será o loteamento Portal dos Ipês, um desejo de Morris e Mr. Brown que está ganhando forma e também será desfrutado por seus netos.
História do Chalé do Urtigão
Existe uma versão curiosa para a origem do nome Chalé do Urtigão. Famoso no Espírito Santo por ser um bom lugar para se hospedar com família e amigos, o chalé carrega uma parte da história da família Brown.
Em um dado momento, a casa sede do sítio ‘Rancho Alegre’ ficou pequena para comportar os pais, quatro filhos e amigos que sempre estavam presentes. Foi quando Morris Brown idealizou e construiu o chalé de quatro quartos para sua família, feito com dormentes de madeira que a Vale vendia após a construção das estradas de ferro.
Billy e Frank Brown, os filhos de Morris, contam que o pai tinha um “estilo rústico”, e por conta disso, certa vez um de seus amigos, ao visitar o chalé, disse a Morris que o local parecia o “sítio do Urtigão”, personagem da história de Walt Disney conhecido por ser um “roceiro” bravo. A frase então nomeou o chalé que há 20 anos funciona como hospedagem em Domingos Martins.
O nascimento do Portal dos Ipês
No ano de 2007, Morris, o “inglês”, veio a falecer num vôo de asa delta, sobre o pico do Forno Grande, localizado na cidade de Castelo, mas o sonho dele e de seu pai, de construir um empreendimento que contribuísse para o desenvolvimento da região de Domingos Martins começa a se tornar realidade apenas a partir de seus filhos William, Frank, Roberta e Leila Brown, que decidiram iniciar o projeto do avô de implantar na área de 177 mil m² um loteamento.
Por meio de uma parceria com as empresas Galwan, Apia e Montana INC, os irmãos deram continuidade ao desejo do avô, e juntos com essas empresas desenvolveram um projeto único e especial para perpetuar, de maneira consciente e responsável, as terras e a história do Sítio Rancho Alegre.
Trata-se de um loteamento aberto, que será implementado na área de 177.000m² do sítio, local que durante anos foi usado para produção de café e granja, e que permaneceu como pasto até o início dos anos 90. Agora, prevê a construção de um bairro planejado, respeitando todas as normas ambientais, contemplando novas áreas verdes, praças e um paisagismo rico em espécies nativas.
Com ruas largas, estacionamento, áreas comerciais, moradias e totalmente acessível à população, contribuirá ainda para a expansão da cidade e, consequentemente, para a geração de empregos. Há ainda a proposta dos incorporadores, de doação de terrenos para a prefeitura da cidade, que poderá usá-los para a construção de escolas, creches e bonitas praças, beneficiando toda a população.